sexta-feira, 12 de junho de 2015

DEFINITIVO...


  Definitivo, como tudo o que é simples. 
  Nossa dor não advém das coisas vividas,

  mas das  coisas que foram sonhadas e
  não se cumpriram. 

  Sofremos por quê?

  Porque automaticamente  esquecemos o que foi  desfrutado e
  passamos a sofrer  pelas nossas  projeções irrealizadas,
  por todas as  cidades que gostaríamos de ter  conhecido ao lado do  nosso amor e
 não conhecemos,
 por todos os filhos que  gostaríamos de ter tido juntos e  não tivemos,
 por todos  os shows e livros e silêncios  que
 gostaríamos de ter  compartilhado,
 e não compartilhamos.
 Por todos os  beijos cancelados, pela eternidade.

  [...]

 Por que sofremos tanto por amor? 
 O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou  em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. 

 Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:

 Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está  no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que,  esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

 A dor é inevitável.
 O sofrimento é opcional...

 (Carlos Drummond de Andrade)

Um comentário:

Unknown disse...

Eu acredito que "amor e dor" são irmãos gêmeos univitelinos o que acontece com um o outro sente. se VC ama,VC sente ciúmes e disconfiança então amamos para sofrer e não para ser feliz....por isso num é tão bom assim agente se dedicar tanto.e se gostar ou amar não revelar....pois o receptor deste sentimento vai explorar a gente. E o amor.....tornasse infinito,e o nosso sofrimento também.