quarta-feira, 27 de junho de 2012

Poeme aux yeux de la bien aimee

O' minha amada, que olhos os teus
São cais noturnos cheios de adeus
São docas mansas trilhando luzes
Que brilham longe, longe nos breus.

O' minha amada , que olhos os teus
Quanto mistério nos olhos teus
Quantos saveiros, quantos navios
Quantos naufrágios nos olhos teus.

O' minha amada de olhos ateus
Quem dera um dia quisesse Deus
Eu visse um dia o olhar mendigo
Da poesia nos olhos teus.
      (Vinícius de Moraes)

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